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Como curar um barril

 

A madeira, é um produto natural, susceptível a alterações mediante determinadas condições a que se expõe (temperatura, humidade, luz solar…)

Um barril que é novo, ou que foi armazenado seco, precisa de um período de “inchaço” com água para vedar as friestas/vazamentos e parar de verter. A este processo prévio de preparação do barril ao seu uso é denominado de CURA do barril.

Para isso, devemos fazer a sua “CURA”, que passa por efectuar 2 operações:

1. Aplicar e Fixar a Torneira:

1.1 Alinhe a torneira na posição correcta, na posição central da frente do barril, com a saída para baixo.
1.2 Pressione a mesma para a frente, na direcção do furo existente no barril, tentando colocá-la o mais para dentro possível.
1.3 Para aumentar a sua inserção e melhorar a sua fixação no barril, pode bater com um martelo levemente e devagar, no máximo 3 vezes, para não rachar a entrada.
1.4 Coloque o manípulo da torneira na posição de fechado.

2. Curar o barril – para “eliminar vazamentos“:

Este procedimento envolve basicamente encher o barril com água fria, para ser absorvida pela madeira, fazendo com que esta inche, “ajuste” e elimine vazamentos:

2.1 Encha o barril até 1/3 do volume com água fria e deixe em repouso por 3-4 horas.

2.2 Depois suba o nível para 2/3 e deixa outras 3-4 horas em repouso.

2.3 Finalmente, encha o barril próximo da boca e mantenha-o cheio até o que o barril pare de vazar e vede todas as friestas.

2.4 Note que: mesmo quando o barril já tiver parado de vazar, o barril deve-se manter depois disso cheio com água sem quaisquer vazamentos durante 24h!.

2.5 Esvazie então o barril, fazendo-o através do furo para enchimento e não pela torneira, virando o barril ao contrário.

2.6 Deixe secar o barril naturalmente durante 2-3 horas e depois pode encher o barril com a bebida que pretenda.

Nos pontos 2.1 a 2.3, á medida que a água vai vazando do barril, pode e deve limpar com um pano, a água que permaneça acumulada em “poça”/volume (por exemplo na cabeça do barril, na zona por debaixo da torneira), retirando o excesso de água que se possa acumular aí. No mesmo momento, pode aproveitar e utilizar o mesmo pano húmido com a água retirada e passar com este por toda a frente da cabeça do barril, humedecendo a madeira de um modo uniforme, por “todo”, evitando manchas e acelerando o seu “inchaço”.

Esse processo é fundamental para um bom funcionamento do barril, demora em média 2 dias, e pode demorar até 5 dias, não tenha pressa!

*Uma coisa importante é que você nunca deve deixar a mesma água dentro do barril por mais do que 2 dias. Se o período de descanso com água exceder 2 dias, você deve esvaziá-lo e depois re-encher com água nova. Isso é para prevenir que bactérias e micróbios possam começar a crescer no barril.

 

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Por que é que o vinho e destilados envelhecem em barris de carvalho?

 

Porque é que o vinho é envelhecido em barris de carvalho?
Muitos de nós estão cientes de que a maioria dos vinhos finos são envelhecidos em barris feitos de carvalho. O que é menos conhecido é o motivo disso. Quais são as vantagens do carvalho? Quais são, se houver, as desvantagens? Existem diferentes variedades de barris de carvalho? Isso afecta o vinho de maneira diferente? Quais são as diferenças? Como é que todo o processo funciona?

Vinho envelhecido antes de engarrafar
Uma vez concluído o processo de fermentação, o vinho é repetidamente armazenado para remover as partículas sólidas maiores. Este vinho jovem é “verde”. É bruto e cru e precisa de tempo para envelhecer em recipientes feitos de materiais neutros. Aço inoxidável, barris velhos ou cubas de cimento são ideais para isso. Alternativamente, o vinho pode inicialmente ser envelhecido em pequenos barris de madeira. Estes não são neutros e afectarão o vinho à medida que envelhecer.

Vinho envelhecido em barricas de Carvalho
À medida que o vinho envelhece em barris de madeira, os sabores subtis do carvalho começam lentamente a afectar o seu desenvolvimento. Carvalho francês ou americano são normalmente os mais usados. Estes são provenientes de diferentes regiões (por exemplo, Nevers, Limousin, Troncais) para transmitir sabores ligeiramente diferentes (descritos como “baunilha”). Pequenas mudanças químicas começam a funcionar no vinho enquanto ele se encontra no barril. O resultado é um amolecimento dos taninos duros presentes durante a fermentação e um sabor mais complexo. O efeito diferente de madeiras específicas é um assunto fascinante, muito discutido pelos produtores de vinho em todo o mundo. O barril serve a dois propósitos para o envelhecimento do vinho: permite que o oxigénio entre no vinho muito lentamente ao longo do tempo e transmite parte do sabor, ou carácter, da madeira ao vinho.

 

O que acontece ao destilado quando envelhecido num barril de carvalho?
O contacto com a madeira torna o álcool mais suave, mais macio e com melhor sabor. Devido à tosta da madeira durante a construção do barril, os vinhos desenvolvem aromas adicionais.
O barril deverá de ser colocado em um espaço húmido, onde a temperatura mudará ao longo do dia. A expansão e contracção do licor é importante para o processo de envelhecimento. O destilado precisa de se expandir e penetrar na a madeira do barril. Então, quando as temperaturas arrefecem, o líquido retrai-se e traz consigo um monte de sabores de que o próprio barril é responsável.

As pessoas falam de taninos no vinho. Os taninos são especialmente evidentes no sabor dos vinhos tintos e acredita-se que sejam provenientes das peles e caules da uva. Se o vinho foi envelhecido num barril de carvalho, depois disso, alguns dos taninos foram retirados da própria madeira do barril.

Outra parte fundamental do processo de envelhecimento é a infusão de açúcares da madeira no destilado. Açúcares da madeira são especialmente evidentes a partir de um barril de carvalho tostado porque o processo de queima, extrai esses elementos naturais da madeira para o destilado. Os açúcares de madeira conferem ao destilado uma profundidade no sabor e uma ligeira doçura. No geral, o envelhecimento do barril de carvalho dá ao líquido uma baunilha, canela, noz-moscada, pimenta preta e sabor de caramelo. Também torna o líquido muito mais suave para uma sensação de boca diferente.
Um novo barril é o melhor para isso e o efeito diminui acentuadamente com o uso repetido.

 

Os Principais benefícios da madeira resumidos:
1- A micro-oxigenação que é o acto de respirar que é o contacto do líquido com o ar. Esta função é benéfica para a estrutura do vinho e garante sua longevidade;

2- Em contacto com a madeira o vinho recebe sabores e aromas, que podem ser acentuados ou não dependendo do processo de tosta que cada barrica sofre;

3- A madeira de carvalho também possui a propriedade de amaciar e arredondar os taninos de um vinho, em outros casos, domar taninos rebeldes que são características de determinadas cepas;

4- Uma parte da estrutura dos vinhos, provém também dos taninos que o carvalho fornece, é importante também para intensificar a cor da bebida;

5- Tintos ou brancos podem apresentar um grande leque de cores naturais e o barril também é responsável por estabilizar a sua cor.

 

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Vinhos e barricas…curiosidades

 

A utilização de barricas de madeira durante o processo de elaboração pode ocorrer tanto durante as fermentações alcoólica e malolática (segunda fermentação com o objetivo de reduzir a acidez da bebida), quando durante os estágios posteriores, chamados de afinamento, iniciando assim o processo de maturação.
É exactamente na fase de maturação que as barricas exercem o seu papel mais importante. Durante esse estágio sua utilização tem o poder de alterar características e agregar elementos à bebida, elevando seu nível de qualidade de maneira significativa. Devido á sua grande importância e influência nas características sensoriais e na qualidade dos mais diversos tipos de vinho, esclarecemos algumas dúvidas frequentes sobre a utilização das barricas.

1. Afinal, como é que as barricas influenciam na qualidade do vinho?
Quando maturados em barricas, diversos compostos e propriedades presentes na madeira são transferidas ao vinho. Assim, características como aromas, texturas e estrutura do líquido são modificadas ao longo do processo nesse tipo de recipiente. Taninos, são componentes químicos conhecidos como polifenóis, presentes naturalmente na casca da uva ou mesmo na semente da fruta, porém diversos tipos de madeiras também apresentam taninos, principalmente o carvalho (espécie de madeira mais nobre e amplamente utilizada no mundo enológico). Os taninos fazem parte da estrutura da própria madeira e, ao entrarem em contacto com a bebida, proporcionam mais corpo e densidade, além de influenciar os seus níveis de adstringência, contudo, o enólogo deve ter cuidado para utilizar esta matéria-prima, pois em demasia pode transferir amargor e mascarar os aromas frutados da bebida. Vale a pena reforçar que os taninos agregam propriedades antioxidantes ao vinho. Não podemos esquecer que a passagem dos vinhos por barricas interfere substancialmente nas características aromáticas do produto. Existem compostos voláteis resultantes da degradação da celulose, hemicelulose e lignina que formam a madeira, sendo liberadas pelo processo de tostagem (queima). São essas substâncias as responsáveis por agregar aos vinhos aromas exclusivos, podendo remeter a baunilha (vanilina), notas de cravo (eugenol), defumados (guaiacol e 4-metil-guaiacol), aromas adocicados (metilfurfural e hidroximetilfurfural), de tabaco, chá e fumo (monoterpenoides), entre muitos outros.
Assim, o processo de maturação do vinho em barricas de madeira aporta à bebida diferentes níveis de complexidade, os quais muitas vezes não são possíveis sem o uso desse recurso.

2. Como a maturação em barricas afecta nossos sentidos?
Para entendermos melhor quais os ganhos sensoriais que a madeira confere à bebida e por que eles são interessantes, é importante entendermos um pouco sobre como funciona a nossa percepção de sabor. Antes de mais nada, é preciso diferenciar dois conceitos muito semelhantes: gosto e sabor. O gosto está directamente relacionado ao paladar, enquanto que o sabor envolve uma construção muito mais sofisticada, como veremos mais à frente. A nossa língua possui diferentes tipos de papilas gustativas, que são accionadas em maior ou menor intensidade sempre que entram em contacto com alguma substância presente nos alimentos ou bebidas. Cada uma das papilas está directamente associada a um dos cinco gostos básicos conhecidos: doce, amargo, azedo, salgado e umami (palavra emprestada do japonês, podendo ser nitidamente percebida no sabor da carne assada, ou qualquer alimento que seja rico em proteínas.
Esses cinco sabores básicos unem-se às percepções de temperatura, textura e sobretudo aroma para formar o que conhecemos como sabor. É por isso que você pode gostar de um doce e não de outro, porque além do substrato básico sobre o qual o sabor se constitui (o gosto doce), entram em jogo diversas outras estimulações sensoriais envolvidas no ato de comer ou beber, e que podem fazer toda a diferença na sua percepção.
Ora, se o nosso sistema olfactivo é capaz de perceber cerca de 10 mil aromas diferentes. Quando juntamos toda essa capacidade sensorial aos cinco gostos básicos, percebemos as infinitas possibilidades de sabores que nos apresentam, sobretudo quando consideramos que diferentes gostos e cheiros podem ocorrer ao mesmo tempo. Portanto, quando experimentamos um vinho de maior complexidade, os nossos sentidos recebem uma enxurrada de informações positivas. A riqueza de aromas e de sabores indica para o nosso cérebro que aquela bebida é rica em uma profusão de substâncias e que, portanto, ela é desejável do ponto de vista biológico, pois apresenta uma oferta maior de nutrientes para o organismo.
Então, se considerarmos que o estágio do vinho em barricas confere um perfil mais complexo e rico em substâncias gustativas e aromáticas, podemos entender como o nosso corpo reage quando degustamos a “bebida de baco” e porque este processo é tão utilizado.

3. As barricas são fabricadas apenas com um tipo de madeira?
Na maior parte dos casos, a principal madeira utilizada para fins enológicos é o carvalho. Até o presente momento, não se encontrou na natureza — ou mesmo em ferramentas tecnológicas — um substituto à altura, cujo objectivo é aumentar a qualidade de um vinho. Isso porque o carvalho, com sua porosidade ideal, permite uma micro-oxigenação perfeita do vinho. Este processo modifica substancialmente a textura da bebida, entretanto, vale lembrar que o oxigénio pode ser o melhor ou o pior amigo do vinho, tudo depende da dose e do momento. O oxigénio potencializa reacções químicas no produto fazendo com que o vinho se torne mais macio e equilibrado, porém em quantidades elevadas pode oxidar e degradar o produto.
O uso do carvalho também interfere na estabilidade da coloração da bebida. Basicamente, o que confere cor aos vinhos são os antocianos (polifenóis) presentes na casca da fruta. Estas moléculas são extremamente delicadas e podem sofrer oxidações e/ou precipitações (decantar no funda da garrafa), sendo assim os taninos transferidos da barrica para o vinho ajudam a manter a coloração do vinho por mais tempo, pois funcionam como “boia” de sustentação para os antocianos. Em função das barricas de carvalho apresentarem alto valor agregado, em muitos casos, o processo de maturação pode ser realizado em tanques de inox. A adição de lascas de carvalho ao vinho também é prática comum, especialmente quando se fala de vinhos de baixo custo, este processo é chamado de uso de carvalho alternativo.
Obviamente, os efeitos alcançados com a utilização desses métodos alternativos jamais serão os mesmos que os conseguidos na maturação em barricas. Porém, isso não significa dizer que vinhos que passam por esses tipos de processos são ruins. São apenas métodos encontrados para reduzir custos sem deixar de oferecer vinhos agradáveis e a preços acessíveis.

4. Todos os carvalhos usados na tanoaria são iguais?
Não. Existem diversos tipos de carvalho, mas apenas três deles são amplamente utilizados para a fabricação de barricas: o carvalho norte-americano (Quercus alba), ocarvalho pedunculado (Quercus pedunculata) e o carvalho séssil (Quercus sessiliflora), os dois últimos de origem europeia. Ao escolher o tipo de madeira que fará a composição da barrica, é preciso que o enólogo tenha em conta a proveniência do carvalho, visto que madeiras de diferentes regiões podem imprimir características diametralmente opostas ao vinho.
O carvalho pedunculado, por exemplo, é característico da região francesa de Limousin, e apresenta alto teor de polifenóis e concentrações baixas de compostos aromáticos. Já o séssil, comumente encontrado na região de Vosges, tem um perfil exatamente oposto. E o carvalho americano, por sua vez, conta com baixo conteúdo de fenóis, mas alta concentração de compostos voláteis, em especial lactonas. Com base nesses perfis, cada produtor escolhe a madeira que mais favorece o seu vinho. Assim, enquanto muitas regiões produtoras dão preferência ao carvalho francês, nos Estados Unidos e na Espanha o mais comum é que os produtores optem pelo carvalho americano.

5. Todo o vinho deve, obrigatoriamente, passar por um período de envelhecimento em barricas?
Não necessariamente. Apesar de os vinhos mais caros disponíveis no mercado terem como característica comum o período de maturação em barricas de carvalho, isso não significa que para ser considerado bom, um vinho deve, obrigatoriamente, passar por esse processo. Vinhos frutados e frescos, por exemplo, em que a indicação sugere que eles sejam consumidos ainda jovens, o período de maturação em barricas de carvalho não é necessário. O mesmo se pode dizer dos brancos aromáticos, alguns tipos de rosé que normalmente não passam por esse processo.
Porém, é preciso ter atenção! Apesar de os melhores vinhos da actualidade passarem por barricas de carvalho antes de sua chegada ao mercado, é sempre bom ter em mente que um vinho naturalmente de baixa qualidade não se tornará uma bebida de alto nível simplesmente por ter sido maturado ou envelhecido nesses recipientes.
A qualidade das uvas, a riqueza de aromas e demais factores é que, combinados às propriedades do carvalho, são mandatárias e resultam em bons vinhos.

6. O tamanho do barril tem alguma importância?
Como regra, quanto menor for o recipiente, maior é a influência do carvalho na bebida. Isso porque, como a superfície de contacto da madeira com o líquido é maior em relação ao volume, aumenta também a quantidade de compostos libertados.
Assim, uma barrica com capacidade para armazenar 225 litros de vinho adiciona, em média, 15% a mais de compostos provenientes da madeira à bebida quando comparada às barricas de 300 litros.

7. As barricas de vinho podem ser reutilizadas?
Sim. Contudo, quanto mais velha for uma barrica, menos compostos ela transferirá ao vinho. Embora grandes bebidas costumem ser maturadas em barricas novas, alguns enólogos preferem não usá-las, justamente em função do alto impacto que geram nos aromas e nas texturas do produto final. Também as barricas com mais de três usos já são consideradas neutras, não transmitindo mais compostos para o vinho, pelo menos não em concentrações que afectem a bebida de forma perceptível em curto prazo.
Hoje já vemos também as barricas utilizadas na maturação de vinho serem aproveitadas por cervejarias, que desejam conferir à sua bebida um algum carácter específico de um rótulo, impregnado na madeira.

8. Então, por que é que um produtor escolherá maturar seu vinho em tonéis de aço inoxidável?
Essa pergunta tem diferentes respostas, todas elas igualmente válidas, e a primeira está nos custos. Como vimos, as barricas de vinho não podem ser utilizadas indefinidamente, e seu valor financeiro é bastante elevado. Se o produtor deseja obter um produto final com preços mais acessíveis, a escolha por tonéis de aço inox pode ajudá-lo a elaborar vinhos de qualidade a um preço menor. Outro factor determinante para a escolha por tonéis de inox é que eles são inertes, ou seja, não interagem com a bebida e nem deixam que o oxigénio entre em contacto com o vinho. Dessa forma, é possível para o enólogo ter um controle muito mais preciso sobre o resultado final do produto, que não contará com intervenções externas.

 

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O que é Whisky? Tipos e diferenças

 

Você sabe o que é ou como é feita esta bebida tão marcante? É o que hoje vamos descobrir!

O whisky, ou uísque, é uma abreviação da palavra usquebaugh e é feita a partir de álcool destilado, grãos e malte que é envelhecida em barris. O seu teor alcoólico vai de 38 a 54% em temperaturas de 20ºC. O interessante desta bebida é que ela é altamente regulamentada e possui denominações de origem, classes e tipos. Porém, o que todas têm em comum é a fermentação dos grãos e também a destilação em no máximo 80% de álcool para milho e 90% de álcool para outros grãos, tudo antes de adicionar água, para que os sabores dos grãos fiquem bem intensificados antes da alcoolização.

Agora, um detalhe imprescindível é o seu envelhecimento nos barris já que a bebida ganha 60% do seu sabor durante este período. Aqui vem a diferença de cada classe já que tudo depende do tipo de madeira utilizado e também da qualidade da “flambagem” e da queima da matéria. Um bom exemplo é o Whisky Bourbon que é obrigado legalmente a ser envelhecido em barris de carvalho flambados. Vamos então conhecer alguns tipos de whisky.

Tipos de Whisky mais comuns:
Escocês: Puro Malte, Blended, single malt, vatted, grain whisky.
Norte-Americano: Blended bourbon, leve
EUA, Canadá e Irlanda: Rye-whisky

A diferença básica entre eles está nos cereais utilizados e no teor alcoólico, ambos são muito variáveis e utilizados como base em cada receita. Assim, consegue-se um sabor único em cada tipo.

 

As diferenças entre Scotch, Bourbon, Rye, Irish whiskey e… whisky japonês

Scotch WHISKY 
As destilarias começaram a surgir oficialmente na Escócia por volta do século 17, mas os livros contam que os destilados de cereal já eram degustados pelo rei James IV no início do século 14. O país ficou famoso por elaborar whiskys à base de malte e grãos como trigo, centeio e milho. Para entrar na categoria de Scotch Whisky, a bebida, seja ela single malt ou blended, precisa ser destilada e maturada somente na Escócia, e o processo de amadurecimento tem de levar pelo menos três anos.

Outro factor que caracteriza o corpo dos whiskys escoceses é a destilação dupla e a maturação em barricas anteriormente utilizadas por vinhos Jerez e de carvalho americano. Já o sabor e o aroma dependem muito da região (ao todo são seis) onde foi produzido. Em Lowlands, os whiskys são pouco encorpados e com toque floral. Já os destilados fabricados nas terras altas variam entre defumados, salgados e marinhos. Os que vêm da região de Speyside, no extremo norte, uma subdivisão das Highlands que abriga mais de 50% das destilarias escocesas e de onde saem single malts clássicos como Glenfiddich e The Macallan, são os mais adocicados e frutados. Outro território de destaque é a ilha Islay, famosa por whiskys defumados, como o Laphroaig, que carrega aroma e sabor marcante de turfa, notas de iodo e um característico sabor medicinal.

Irish WHISKEY 
Para iniciantes que procuram algo menos intenso, a boa pedida são os whiskys irlandeses. Por serem elaborados a partir de uma mistura de cevada não defumada e não tostada, o whisky produzido na Irlanda tem carácter frutado e levemente apimentado. Além disso, o Irish Whiskey é triplamente destilado, o que o torna mais suave. Grande parte dos whiskys irlandeses é maturada em barris de carvalho americano ou vinho Jerez, ainda que algumas marcas como a Jameson também utilizem barris de carvalho americano virgem para adicionar maior doçura e complexidade.

Bourbon e TENNESSEE 
Antes da metade do século 19, os colonizadores europeus já consumiam destilados à base de melaço, trigo e centeio. Sem a cevada e sem a turfa usadas na Escócia, abriram caminho para novas experiências e acabaram esbarrando no milho, até hoje matéria-prima principal na produção do whisky americano. O destilado made in USA tem actualmente duas principais variantes: Bourbon e Tennessee. O primeiro precisa ter no mínimo 51% de milho na composição, ser maturado em barris de carvalho americano virgem e pode ter um mix de destilados maturados durante diferentes períodos. Seguindo essas regras e técnicas, fica com notas de baunilha, caramelo, coco e especiarias. Bons exemplos são o Maker’s Mark, o Woodford Reserve e o Wild Turkey. Já o Tennessee é praticamente dominado por um único produtor, o Jack Daniel’s. O método de produção é idêntico ao Bourbon, mas, antes de ser colocado para maturação, ele passa por um processo de filtragem em uma espécie de melaço, que adiciona um sabor ainda mais adocicado.

Rye WHISKEY 
Quase extinto nos anos 90, o Rye Whiskey é o nova “coqueluche” dos mixologistas. Quando fabricado nos Estados Unidos, o destilado tem a mesma regra do Bourbon, mas sua receita leva 51% de centeio, em vez de milho, caso do Hudson Manhattan, do Whistle Pig e do Knob Creek. Quando produzido no vizinho Canadá, não há restrições no mix de grãos a serem utilizados. O que importa é que o resultado tenha sempre sabor apimentado e frutado, ideal para coquetéis.

Whisky JAPONÊS 
O mais jovem dos uísques, o japonês em menos de um século de história conseguiu passar a perna em fabricantes tradicionais, recebendo no ano passado o título de melhor do mundo. Desde 1923, a destilaria Yamazaki (imortalizada no filme Encontros e Desencontros) produz whiskys de inspiração escocesa, mas com alguns detalhes distintos que fazem toda a diferença, como o processo de fermentação mais prolongado e a maturação, que além de barricas de Bourbon e vinho Jerez, também passa por barris de carvalho japonês. Além do premiado Yamazaki Single Malt Sherry Cask, vale provar o blend Hibiki 17 anos, com notas de mel, baunilha, caramelo e passas.